quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A CIÊNCIA EM AÇÃO

Descobertos fósseis de pulgas que seriam parasitas dos dinossáurios


As pulgas primitivas estavam preparadas para sugar o sangue dos dinossáurios no período jurássico, há mais de 150 milhões de anos atrás. A potencial relação parasita-hospedeiro foi descoberta graças a uma série de fósseis bem preservados encontrados na China.
 
Atualmente, o grupo de insetos parasitas conhecido como pulgas infesta frequentemente mamíferos e aves. Contudo, pouco é conhecido sobre as suas origens. O registo fóssil de pulgas consistia em espécies semelhantes às que existem atualmente e que viveram nos últimos 65 milhões de anos.
 
Michael Engel, um paleoentomologista da universidade do Kansas e a sua equipa estenderam a história dos parasitas até há 150 milhões de anos atrás, com a descoberta de uma série de fósseis bem preservados na China. A equipa estudou nove espécimes de pulga de um depósito do jurássico com 165 milhões de anos, em Daohugou e, de um estrato do cretácico com 125 milhões de anos, em Huangbanjigou.
 
Enquanto as pulgas modernas variam entre 1 a 10 milímetros de comprimento, as espécies do jurássico e cretácico tinham entre 8 a 21 milímetros. Por outro lado, estas espécies primitivas não apresentam as estruturas especializadas no salto como as espécies atuais e o aparelho bucal era uma estrutura bem reforçada e cravejada com projeções tipo serra, que contrastam com as mandíbulas suaves das pulgas modernas.
 
Os cientistas acreditam que estas pulgas eram animais que atacavam por emboscada, conseguindo alimento “escondendo-se na periferia e depois trepando para o hospedeiro por breves períodos para se alimentarem antes de se libertarem novamente.”
 
Resta a questão sobre quais seriam os seus hospedeiros. “As peças bucais são certamente um exagero para perfurar a pele de mamíferos primitivos e aves”, refere Engel. “Realmente parece que eram especializados em trabalhar em couros duros, como os dos dinossáurios.”
 
trabalho publicado na revista científica Nature
recolha da profª Vitória Castro 

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